At the Roots of a Global Environmental History: An Ethiopian Loop in Nature’s Archives
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Sources. Material & Fieldwork in African Studies. 2022 n° 4, p. 333-379
IFRA Nairobi
Résumé
Cet article revient sur une trajectoire individuelle et collective de recherches menées, entre 2008 et 2021, en histoire environnementale de l’Afrique.Il revient d’abord sur la tentative d’écrire une histoire environnementale ...Lire la suite >
Cet article revient sur une trajectoire individuelle et collective de recherches menées, entre 2008 et 2021, en histoire environnementale de l’Afrique.Il revient d’abord sur la tentative d’écrire une histoire environnementale de la nation éthiopienne. L’objectif poursuivi était d’éclairer l’histoire du façonnement national de la nature, et pour cela, un cadre théorique définissait la recherche archivistique. Puisque la nature est un lieu de lutte institutionnelle (pour construire un territoire), culturelle (pour imposer une représentation dans l’espace public) et matérielle (pour exploiter une ressource), les archives à collecter étaient celles à même de renseigner les trois dimensions de cette histoire : des lois et des rapports d’activité pour retracer les étapes de la mise en parc de la nature à partir de l’exemple du parc du Simien ; des brochures touristiques et les traces des aménagements de sentiers de randonnée pour appréhender la fabrique publique d’une nature vierge et sauvage ; des comptes rendus de missions scientifiques pour saisir l’évolution matérielle des écologies.Un deuxième projet de recherche fut ensuite consacré à l’histoire globale des patrimoines naturels aux Suds, en Afrique et en Asie. Ce sont ici les archives qui ont produit la théorie : la documentation scientifique produite par des forestiers, vétérinaires, biologistes ou agronomes ; les archives des administrateurs coloniaux, des responsables nationaux et des experts employés par les institutions internationales de la conservation ; des correspondances, des récits de vie et des photographies relatives à la gestion et la découverte de la nature mise en parc. Ces sources ont signalé que tout au long du xxe siècle, en Éthiopie, au Congo, à Zanzibar, aux Seychelles, au Vietnam, au Cambodge et en Malaisie, des professionnels occidentaux de la nature circulaient d’espace naturel en espace naturel, de pays en pays et, même, d’un continent à l’autre. À travers l’étude des traces qu’elles ont laissées dans les archives, ces circulations ont alors donné à voir une autre histoire et une autre géographie des Suds : celles d’une aire afro-asiatique qui évolue au fil d’une chronologie endogène, loin d’une césure européocentrée de type colonisation-décolonisation.Cette hypothèse a alors permis de revisiter les archives éthiopiennes. Il ne s’agit plus d’expliquer comment la mise en parc de la nature sert et révèle la construction de la nation, mais de comprendre, à travers le cas éthiopien, comment et pourquoi les politiques de la nature élaborées en contexte colonial ont continué à être globalisées après les indépendances. Et ici, l’aller-retour entre le cadre théorique et la recherche archivistique devient permanent. Là où les historien·ne·s·éclairent la continuité entre les époques coloniale et postcoloniale, les archives signalent qu’entre les deux, au tournant des années 1960, on peut étudier l’histoire d’un « évènement postcolonial » en tant que tel : l’histoire de la reconversion d’administrateurs coloniaux en experts internationaux et des rencontres qui les associent et les opposent aux dirigeants et aux habitants de l’Afrique indépendante.< Réduire
Résumé en anglais
This article reflects on the individual and collective trajectory of research on the environmental history of Africa carried out between 2008 and 2021. It first addresses the attempt to write an environmental history of ...Lire la suite >
This article reflects on the individual and collective trajectory of research on the environmental history of Africa carried out between 2008 and 2021. It first addresses the attempt to write an environmental history of the Ethiopian nation. The aim was to shed light on the history of the national shaping of nature, and to do this, the archival research was defined by a theoretical framework. Nature is a place where three types of struggles are at play: institutional (to build a territory); cultural (to promulgate a representation in the public space); and material (to exploit a resource). Therefore, the archives to be collected were those providing information on the three dimensions of this history: laws and activity reports for tracking back the stages involved in setting nature into a national park, taking the Simien Park as an example; tourist brochures and evidence of development of hiking trails, for understanding the public construction of a wild and virgin nature; reports of scientific missions for grasping the material evolution of ecologies. A second research project was then devoted to the global history of natural heritages in the South, in Africa and Asia. Here, archives determined the theory: scientific documentation produced by foresters, veterinarians, biologists, or agronomists; archives from colonial administrators, national officials, and experts employed by international conservation institutions; correspondence, life stories, and photographs relating to the management and exploration of setting nature into a park. These sources indicated that, throughout the twentieth century, in Ethiopia, Congo, Zanzibar, Seychelles, Vietnam, Cambodia, and Malaysia, Western nature professionals circulated from natural space to natural space, from country to country, and even from continent to continent. Studying traces of these circulations in the archives revealed another history and another geography of the South: those of an Afro-Asian area that evolved with its own chronology, very different from a Eurocentric discontinuity of the colonization-decolonization type. With this hypothesis, the Ethiopian archives could then be revisited. The aim was no longer to explain how setting up nature into a national park favours and reveals the construction of the nation, but to understand, through the Ethiopian case, how and why nature policies that were developed in a colonial context were still globalized after independence. This involved moving constantly back and forth between theoretical framework and archival research. Whereas historians shed light on the continuity between the colonial and postcolonial periods, archives show that between the two, in the late 50s–early 60s, the history of a “postcolonial event” can be studied as such: the history of colonial administrators converting into international experts, and of the encounters that connect them and oppose them to the leaders and inhabitants of independent Africa.< Réduire
Résumé en portugais
Este artigo baseia-se numa trajectória individual e colectiva de pesquisas realizadas entre 2008 e 2021, sobre história ambiental de África. Em primeiro lugar, retoma a tentativa de escrever uma história ambiental da nação ...Lire la suite >
Este artigo baseia-se numa trajectória individual e colectiva de pesquisas realizadas entre 2008 e 2021, sobre história ambiental de África. Em primeiro lugar, retoma a tentativa de escrever uma história ambiental da nação etíope. O objectivo definido era esclarecer a história da formação nacional da natureza e, para isso, um quadro teórico definia a investigação arquivística. Porque a natureza é um lugar de luta institucional (para construir um território), cultural (para impor uma representação no espaço público) e material (para explorar um recurso) os arquivos a consultar deveriam fornecer informação sobre as três dimensões desta história: legislação e relatórios de actividade para traçar as etapas da organização da natureza em parque a partir do exemplo do parque do Simien; brochuras turísticas e os vestígios dos arranjos de trilhos de caminhada para apreender transformação pública de uma natureza virgem e selvagem; relatórios de missões científicas para compreender a evolução material das ecologias.Um segundo projecto de investigação foi seguidamente consagrado à história global dos patrimónios naturais do Sul, em África e na Ásia. Aqui foram os arquivos que produziram a teoria : a documentação científica produzida por silvicultores, veterinários, biólogos ou agrónomos; os arquivos dos administradores coloniais, dos responsáveis nacionais e dos peritos empregados pelas instituições internacionais da conservação; correspondência, histórias de vida e fotografias relativas à gestão e descoberta da natureza organizada em parques. Estas fontes revelaram que, ao longo do século XX, na Etiópia, no Congo, em Zanzibar, nas Seychelles, no Vietname, no Camboja e na Malásia, circularam profissionais naturalistas ocidentais de espaço natural em espaço natural, de país em país e até de um continente a outro. Através do estudo dos rastos deixados nos arquivos, estas movimentações fizeram perceber uma outra história e uma outra geografia do Sul : as de uma área afro-asiática que evolui segundo uma cronologia endógena, longe de uma cesura eurocêntrica do tipo colonização-decolonização.Esta hipótese permitiu então voltar a visitar os arquivos etíopes. Já não se trata de explicar o modo como a organização da natureza em parques serve e revela a construção da nação, mas compreender, com o caso etíope, como e porquê as políticas da natureza elaboradas em contexto colonial continuaram a ser globalizadas depois das independências. E aqui o vaivém entre quadro teórico e a pesquisa arquivística torna-se permanente. Lá onde os historiadores não mostram a continuidade entre as épocas colonial e pós-colonial, os arquivos revelam que entre as duas épocas, na viragem da década de 60, se pode estudar a história de um « acontecimento pós-colonial » propriamente dito: a história da reconversão dos administradores coloniais em peritos internacionais e dos contactos que os associam e os opõem aos dirigentes e aos habitantes da África independente.< Réduire
Mots clés
parcs nationaux
nature
histoire environnementale
postcolonial
Éthiopie
Mots clés en anglais
national parks
nature
postcolonial
environmental history
Ethiopia
Mots clés en portugais
parques nacionais
natureza
pós-colonial
história ambiental
Etiópia
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