Le genre institutionnalisé, une machine antipolitique ?
Langue
fr
Article de blog scientifique
Ce document a été publié dans
2018-11-20
Résumé
Depuis la fin de la colonisation, en Afrique du Sud comme au Sénégal, les mécanismes de l’institutionnalisation du genre se sont multipliés. Ils se sont concentrés sur les questions d’égalité des droits entre les hommes ...Lire la suite >
Depuis la fin de la colonisation, en Afrique du Sud comme au Sénégal, les mécanismes de l’institutionnalisation du genre se sont multipliés. Ils se sont concentrés sur les questions d’égalité des droits entre les hommes et les femmes. Cette option traduit les choix des dirigeants des États qui, dans le premier pays, donnent la priorité aux questions de race et de classe et à un antiféminisme fort, et, dans le deuxième, alimentent un paternalisme et un féminisme d’État sophistiqué. Les options des politiques nationales, soutenues par les politiques internationales, ont eu des impacts directs sur les mobilisations des organisations de femmes ou féministes, qui ont eu à choisir entre alliance et rupture avec les institutions gouvernementales. Les actions des organisations qui ont choisi l’alliance sont dépolitisées au sens où elles s’éloignent de la question du pouvoir politique. Par ailleurs, on assiste à une « ONGisation » des luttes, qui biaise la représentation des rapports sociaux de genre et les éloigne de la déconstruction des rapports de domination.< Réduire
Résumé en anglais
Since the end of colonialism, in South Africa as well as in Senegal, the mechanisms for institutionalizing gender multiplied. They focused on issues of equal rights between men and women. This option reflects the choices ...Lire la suite >
Since the end of colonialism, in South Africa as well as in Senegal, the mechanisms for institutionalizing gender multiplied. They focused on issues of equal rights between men and women. This option reflects the choices of state leaders who, in the first case, highlight issues of race and class and a strong anti-feminism, and in the second case, are moving toward a feed paternalism and a sophisticated state feminism. These choices of national policies, supported by international ones, have direct impacts on the feminist and women's organizations mobilization, which are in a position to choose between alliance and break with the governmental institutions. The actions of the organizations that have chosen alliance are depoliticized in the sense that they move away from political power issue. Furthermore, there is an NGO-isation of struggles, which biases the gender relations’ representation and put them away from the deconstruction of the relations of domination.< Réduire
Résumé en portugais
Desde o fim da colonização na África do Sul e no Senegal, os mecanismos da institucionalização do género multiplicaram-se. Estes concentraram-se nas questões de igualdade de direitos entre homens e mulheres. Esta opção ...Lire la suite >
Desde o fim da colonização na África do Sul e no Senegal, os mecanismos da institucionalização do género multiplicaram-se. Estes concentraram-se nas questões de igualdade de direitos entre homens e mulheres. Esta opção traduz as escolhas dos dirigentes dos Estados que, na África do Sul, se orientam no sentido de uma obliteração do género em benefício das questões raciais e de classe e de um antifeminismo forte; e que, no Senegal, alimentam um paternalismo e um feminismo de Estado sofisticado. Esta escolha de políticas nacionais, apoiadas por políticas internacionais, teve impactos diretos sobre nas mobilizações das organizações de mulheres ou feministas, que se encontram em posição de escolher entre a aliança e a rutura com as instituições. As ações destas organizações são assim despolitizadas, uma vez que se afastam da questão do poder político. Para além disso, assiste-se a uma “ONGização” das lutas, o que mistifica as relações sociais de género e as distancia das relações de dominação.< Réduire
Mots clés
Genre
Afrique
institutionnalisation
ONGisation
dépolitisation
colonisation
paternalisme
Mots clés en anglais
Gender
institutionalization
NGO-isation
depoliticization
colonialism
paternalism
Mots clés en portugais
Gênero
África
institucionalização
ONGIzação
despolitização
colonialismo
paternalismo
Origine
Importé de halUnités de recherche