L'abandon stratégique : la paysannerie angolaise sous la domination du MPLA
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Thèses de doctorat
École doctorale
École doctorale Sociétés, politique, santé publique (Bordeaux)Résumé
Le passé colonial a longtemps servi comme guide pour le gouvernement angolais et sa vision de réimaginer les espaces futurs dans la périphérie. Cependant, une confluence d’influences historiques et d’intérêts politiques a ...Lire la suite >
Le passé colonial a longtemps servi comme guide pour le gouvernement angolais et sa vision de réimaginer les espaces futurs dans la périphérie. Cependant, une confluence d’influences historiques et d’intérêts politiques a entravé la revitalisation du secteur au détriment de la production agricole et des angolais ruraux. Avec le secteur agricole comme toile de fond, nous essayons de montrer comment le modèle illibéral de la reconstruction de l’état a profité de sa présence ‘socialiste’ prolongée dans l’économie rurale pour retarder le développement des initiatives économiques indépendantes, a privé la paysannerie des ressources publiques, et a investi significativement dans des parties segmentées où le contrôle des ressources reste dans les flux d’influence des élites. Cette stratégie a effectivement abandonné une grande partie des populations rurales, bien que le monopole sur le pouvoir de la distribution des ressources se soit affaibli avec l’arrivée des acteurs non-étatiques dans la campagne. Ce nouvel élément a permis le renforcement de la capacité de pouvoir d’agir (agency) endogène rural, exemplifié par la formation de Rede Terra et sa campagne nationale pour influencer la dernière loi de la terre. La domination via l’abandon s’avère une stratégie efficace pour imposer son autorité où elle est la plus faible. Cependant, une intention véritable de diversification économique exigerait une approche plus populaire. Il reste à savoir si le gouvernement est disposé à renoncer à sa stratégie de domination.< Réduire
Résumé en anglais
Angola’s colonial past has served as a symbolic lodestar for the government’s plans reimagining the future spaces of the countryside. However, a confluence of historical influences and partisan political aims has weighed ...Lire la suite >
Angola’s colonial past has served as a symbolic lodestar for the government’s plans reimagining the future spaces of the countryside. However, a confluence of historical influences and partisan political aims has weighed heavy on the plans behind revitalizing the sector to the detriment of agricultural production and rural Angolans alike. With the agricultural sector as its backdrop, we attempt to expose how the government’s illiberal peacebuilding model has intentionally used its prolonged ‘socialist’ presence in the rural economy to stunt private economic initiatives, deprived its peripheral populations of public resources, and only significantly invested in segmented areas where resource control remained within elite channels of influence. This strategy effectively abandoned large swathes of rural communities, though the monopoly hold on the power of resource distribution was broken down with the arrival of Non-State Actors in the countryside. The entrance of this new element allowed for the strengthening of the capacity of endogenous rural agency, exemplified by the formation of Rede Terra and its national campaign to influence the latest land law. Domination through abandon has proven an effective strategy of imposing its authority where it remains the weakest, though any real attempt at economic diversification would require a more popular approach. It remains to be seen whether the government is willing to renounce its strategy of domination.< Réduire
Résumé en portugais
O passado colonial angolano tem servido como uma estrela guiada pelo governo em sua reimaginação de espaços futuros na periferia. Entretanto, uma confluência de influências históricas e de alvos políticos pesou nos planos ...Lire la suite >
O passado colonial angolano tem servido como uma estrela guiada pelo governo em sua reimaginação de espaços futuros na periferia. Entretanto, uma confluência de influências históricas e de alvos políticos pesou nos planos da revitalização do sector económico em detrimento da produção agrícola e das populações rurais. Tendo o sector agrícola como pano de fundo, tentamos, na nossa pesquisa, explicar como o modelo iliberal de reconstrução do país se tem aproveitado da presença ‘socialista’ estendida pelo governo na economia rural, a fim de tolher as iniciativas econômicas particulares, privando as populações de recursos públicos, investindo significativamente só em áreas segmentadas onde o controlo dos recursos permaneceram dentro de canais de influência das elites. Essa estratégia, efetivamente, abandonou grandes partes das comunidades rurais. Embora, o monopólio sobre o poder da distribuição de recursos se tenha fragilizado com a chegada dos atores não-estatais nas periferias. A presença desse novo elemento permitiu o fortalecimento da capacidade endógena da ação (agency) rural, exemplificado na formação da Rede Terra e sua campanha nacional mobilizada em torno da nova lei de terras. A dominação pelo abandono se revelou uma estratégia eficaz na imposição de sua autoridade onde ela permaneceu a mais fraca, porém qualquer tentativa genuína de diversificação económica requereria uma abordagem mais popular. A questão que fica é se o governo está preparado à renunciar sua estratégia de dominação.< Réduire
Mots clés
Angola
Économie politique
Espaces participatifs
Société civile
Question(s) agraire(s)
Développement rural
Mouvement social
Mots clés en anglais
Angola
Political economy
Participatory space(s)
Civil society
Agrarian issues
Rural development
Social movement
Mots clés en portugais
Angola
Economia politica
Espaços participativos
Movimento social
Sociedade civil
Questões agrárias
Desenvolvimento rural
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